Por Sebastiana Fátima Palermo Mendes
Introdução Muito tem-se escrito acerca do neoliberalismo e da educação, onde o primeiro representa uma alternativa para crise econômica do mundo capitalista, que foi iniciada a partir do esgotamento do regime de acumulação fordista, em finais dos anos sessenta e, portanto, uma necessidade global de restabelecimento da hegemonia burguesa, trazendo implicações não só para a economia, mas também para as diversas relações que se estabelecem entre os homens em sociedade. Já na educação, a proposta é dar autonomia para a escola pública que no contexto atual, busca transformar e reestruturar em nível mundial os diversos segmentos da sociedade brasileira, em particular o educacional.O neoliberalismo considera as relações de mercado competitivas e otimizadoras, como um princípio capaz de não apenas limitar a intervenção governamental, mas também de racionalizar o próprio governo. No entanto, as formas neoliberais atuais diferem das formas anteriores de liberalismo, pois não sustentam o mercado como uma realidade natural já existente assegurado e supervisionado à distância pelo Estado. O mercado neoliberal só pode existir, sob certas condições jurídicas, políticas e institucionais que devem ser implementadas e seguidas.No Brasil, a ideologia neoliberal invadiu as universidades, através da ofensiva ideológica, por meio da doutrinação da mídia, e o país, pela via das pressões das instituições internacionais e dos grandes bancos credores.Com o governo Collor o neoliberalismo transformou-se na doutrina oficial usada para justificar a destruição do Estado brasileiro e o desmonte da indústria nacional. Nas escolas reservadas aos estudantes de alta renda, o aluno é o cliente, o professor, um prestador de serviços remunerado pelo cliente e a relação entre ambos é assunto de negócio. Já as escolas públicas da periferia, o professor e demais funcionários partilham, com a população local, todas as desgraças e violências oriundas do novo modelo capitalista periférico. Dessa forma, podemos dizer que o Estado brasileiro vive alegando não ter recursos financeiros para financiar uma diversidade de projetos sociais necessários à sociedade brasileira. A escola ideal deve ter gestão eficiente para competir no mercado, o aluno se transforma em consumidor do ensino, e o professor em funcionário treinado e competente para preparar seus alunos para o mercado de trabalho e para fazer pesquisas práticas e utilitárias a curto prazo. Portanto, para os neoliberais a educação passa por uma crise de eficiência e produtividade, pois a expansão do setor progressista vem ocorrendo de uma forma tão desordenada que os estabelecimentos de ensino não apresentam qualidade e sua ação pedagógica e gestão administrativa se caracterizam pela improdutividade. Os neoliberais afirmam que a escola não vive mais a falta de democratização e sim uma crise administrativa e assim o setor educacional é administrado por quem não sabe, e é por isso, que os recursos financeiros faltam, pois faltam uma melhor distribuição e uso adequado dos mesmos.
REFERÊNCIA:FRIGOTTO, G. Educação e crise do trabalho: perspectivas de final de século. Petrópolis: Vozes, 1998.GENTILI, P. Neoliberalismo, qualidade total e educação. Petrópolis: Vozes, 2a ed, 1995. Fonte: www.abpp.com.br Postado por: Else Marie Vergara
Nenhum comentário:
Postar um comentário